Ciclo Diversidade


© Coleção Equilíbrio em Duas Rodas (2021)
Livro: Bicicletas em Duas Rodas

Ciclo Diversidade
Fábio Magnani
[publicado originalmente em junho de 2017]

[Texto em fase de transcrição e edição] olá aqui é o fábio manhã o que limitou as rodas e hoje eu queria falar sobre duas autoras que defendem a diversidade num movimento que defende as bicicletas nas nossas cidades

essas duas autoras que queria falar são a dona lugo ea mello de hoffman elas são autores obviamente que receberão os livros que os quais eu vou falar há também fizeram suas teses de doutorado baseadas nesses nesses assuntos de diversidade representatividade nos movimentos políticos defender secretas a e também são ativistas elas mesmas né então os livros são estes daqui a cerca de 2016 que é justiças da bicicleta ea transformação urbana segue as bicicletas são para todos nós que é um conjunto esses livro que é editado pelas duas e é um conjunto de artigos que mostra a alguns exemplos de movimentos que não a possuem toda a representatividade que deveriam ter e também alguns exemplos bem sucedidos onde isso acontece há um outro livro que já comentei em outro vídeo é esse aqui é da melody hoffmann e 2016 também que é a ciclovias são vias brancas acontece clubes fossem a representasse só os interesses de brancos privilegiados não sempre e nem sempre a de outras etnias está a esse que eu li agora que é o mais novo de 2018 que é bicicleta e raça com esse pode ser corrigida mas nesse caso aqui raça e catador lugo que também é base um pouco baseado na história da da da vida dela a de tentar incluir principalmente os latinos nessa nesses grandes movimentos bem resume tem muito assunto aqui mas resumindo o pouco que elas fazem esse trabalho sair é um diagnóstico do desses movimentos que defendem as bicicletas e fazer algumas propostas de como melhorá los primeiro quando elas fazem o diagnóstico desses movimentos elas tentam reconhecer como o argumento nem qual argumento usado para defender se de bicicleta segmento é baseado na segurança para todos também a nós precisamos fazer alguma coisa para que os ciclistas não sejam mais atropelados ah e não sejam humilhados e coisas assim outro argumento é do meio ambiente nós precisamos usar bicicletas pra não ter mudanças climáticas não tem a poluição nas cidades e coisas assim e se nós usarmos as bicicletas nós teremos uma renovação das cidades as cidades serão mais amigáveis inclusivas a mais alegres felizes então esse argumento é que todos têm direito à segurança que o meio ambiente deve ser respeitado e que se as investigações promovidas a cidades vão melhorar e como eles fazem isso como esse movimento e defesas bicicletas é feita né lembrando que é basicamente são os dois os dois trabalhos delas são feitas nos estados unidos não aqui no brasil primeiro como é feito o primeiro uma defesa muito forte da necessidade da infraestrutura então precisamos ciclovias precisamos ciclovias precisamos ciclovias em qualquer lugar basta fazer uma ciclovia que consequências virão e essas ciclovias nossa estrutura cicloviária baseada em cidades em caso de sucesso cidade de nova york o pessoal de copenhague e amsterdão primeiro um ponto muito forte é a defesa da necessidade da infraestrutura segundo a defesa também transigente da legislação criação de leis que defendam a segurança dos ciclistas de direito dos ciclistas de andarem nos ônibus a nos metrôs de novo que que forcem os prefeitos a fazerem ciclovias e por aí vai e execução também essas leis não é olhar a polícia a polícia multi o carro que passou perto do de mais um ciclista e coisas assim há uma forte base científica então tudo o que eles propõem é baseada em artigos científicos em relatórios governamentais mistos que eles mesmos fazem de contagem de ciclistas em cidades tal e uma isso é essa tudo e tudo isso é organizado na forma de grandes redes interconectadas grande ciclo ativistas a nacionalmente e internacionalmente e essas grandes redes fazem congressos festas filmes a vender camisetas fazem relatórios textos estuda a legislação e tudo isso é usado nessa defesa das bicicletas então esse é o diagnóstico de como ser feita só com essas duas autoras elas fazem algumas críticas de coisas que normalmente não são vistas nesses movimentos em defesa das bicicletas estão por exemplo o primeiro é a não representatividade é esses movimentos normalmente são são constituídos por jovens de classe média em sua maioria brancos privilegiados e que não é bem o perfil dos ciclistas que é nas cidades que normalmente são latinos ou negros há pessoas de mais idade pessoas que vão trabalhar é então e então são coisas bem diferentes nas pessoas que realmente vão dar destaque local não necessariamente têm o mesmo as mesmas características das pessoas que defendem essa disse kan e não só isso mas sim as pessoas muitas vezes essas pessoas que defendem as bicicletas ela se baseia muito nesse conhecimento internacional que é bom e não conhecem muito a as questões locais o que realmente é importante que essas comunidades onde elas defendem que tem que haver ciclovias tal então é uma uma questão importante a outra é que essa esse movimento feito só de jovens brancos privilegiados ela passa uma imagem diferente do ciclismo né é porque o ciclismo real são de pessoas que precisam usar bicicleta para se locomover há pessoas de novo mais velhas pessoas pobres e aqui eles tentam passar uma imagem de que o ciclismo é sempre formado por pessoas fantasiadas de mensageiros ou do século xvii que chama as pessoas vêm desse dias com roupas anel hips do do shopping ou atletas então esse movimento além de não representar as pessoas que realmente manda de bicicleta também é e cria uma imagem um pouco distorcida do que realmente é andar de bicicleta que realmente vai a bicicleta uma outra questão que eles colocam aqui é a crença que esses movimentos têm de uma coisa chamada determinismo físico eles acreditam que se você mudar a estrutura física da cidade tudo vai melhorar então se você quiser uma ciclovia tudo vai melhorar as bicicletas vão ficar agora todo mundo vai andar de bicicleta todo mundo vai ser feliz tudo vai ser alegre e elas comentam que não é necessariamente verdade sai primeiro você mudar a estrutura física de uma cidade não necessariamente traz mudanças e quando traz mudanças não necessariamente traz mudanças que você queria né e deve dar muito como exemplo a questão da das cidades que dão certo copenhague amsterdã de que realmente têm ciclovias e realmente são cidades inclusiva são todos participam politicamente todos as cidades alegres só que o que eu quero comentar aqui essas cidades têm ciclovias porque elas têm justiça social antes e não tem justiça social porque tem ciclovias são duas coisas divertidas paul na ordem inversa então os esses ativistas eles defendem muito assim vamos fazer ciclovia que a cidade terá a justiça social as pessoas participaram politicamente se tiver ciclovia é o contrário elas defendem que primeiro as pessoas têm que participar da política da cidade têm que ser respeitadas têm que ser ouvidas têm que ser representadas e daí naturalmente as ciclovias vão aparecer como solução em alguns casos e outra questão de se bater mesmo físico é a gente ficar são na identificação é é um processo que acontece no bairro um pouco mais pobre e que esse bairro fica assim você faz algumas modificações ou ou cicloviárias ou então você começa a trazer bares não será dispensado mas isso acontece eo que acontece com a identificação é que aparentemente é uma coisa legal porque o bairro fica mais bonitinho fica mais alegre sobre o que acontece na prática que as pessoas que moravam ali os comerciantes mais humildes dali as pessoas que moravam não tem mais condições de morar lá e são deslocados estão muitas vezes é colocada como uma coisa boa se á a ciclovia aumenta o valor de mercado de 1 de uma casa no lugar mas significa que as pessoas que moravam ali vão ser deslocados para lugares onde essas nesse processo de identificação é muito bem visto e ele é um em muitos casos de instalação de ciclovias de de malhas cicloviárias a provoca essa identificação provoca o deslocamento das pessoas que moravam ali pra outro lugar e essa identificação às vezes sem querer e às vezes não é às vezes ativistas nem percebem que estão sendo financiados por arquitetos urbanistas que na realidade querem primeiro mudar a cara daquele bairro para depois vender os seus projetos sejam cicloviários sejam de desenvolvimento urbano de outras coisas então é a todas essas questões têm que ser também nesta segunda as duas autoras modo a questão também de se que elas criticam é bastante séria é que essa esses movimentos de flexão interconectados internacionalmente eles não têm muitas vezes contato com a realidade local então por exemplo exemplo elas não é que esses movimentos defendem por exemplo a que a polícia seja mais incisiva na naná no respeito à legislação por exemplo que ela fique olhando se os carros estão parando na faixa antes da faixa estão respeitando sinal não é uma coisa legal só que essas pessoas não percebem que essa mesma polícia que faz isso em geral é a polícia que vai para um negro andando de bicicleta né pra vc tem documento vai fazer uma sérgio a policial sobre eles e essas comunidades negras gosto muito da polícia por causa disso porque a polícia para eles é o professora não é alguém que está defendendo só o direito deles não serem atropelados não tem outras questões envolvidas que só eles sabem que são questões locais outra questão também às vezes as pessoas daquela localização elas não têm a habilidade delas não é uma ciclovia da qualidade é outra coisa tem um sinal melhor ter uma praça ou então ter uma escola qualquer outra coisa assim i e às vezes elas 120 desrespeitadas por tentarem isso durante muitos e muitos anos conseguir essas vitórias e vem um grupo de fora branco privilegiado e distraia ela sede própria os prefeitos usando a sua as suas amizades noites ativistas foram amiguinhos dos filhos os prefeitos têm tem muitas conexões sociais também e usam isso para forçar uma ciclovia uma comunidade que realmente não tem aquilo não que não seja legal que não vai melhorar mas elas sem limites respeitados politicamente isso tira força política dessas comunidades para outras vitórias então que são o problema outra questão que tem que ser vista com muito cuidado é uma questão chamada do organismo que vem de tolkien que é símbolo que é o uso que esses movimentos às vezes fazem de mascotes estou quem que é passear vamos colocar um negro um movimento vamos colocar um pólo em movimento vamos fazer um estudo numa comunidade pobre como se isso significasse representatividade é como se todo mundo tivesse apresentado e já até fala senão nós chamamos todo mundo eles não vêem claro que eles não vêm porque não tem tanto tempo disponíveis não tem cultura para elaborar um bom argumento mas ele sabe o que eles querem saber o que eles precisam que eles que vivem no local tomar muito cuidado com isso outro cuidado é o uso da pseudo ciência né não é sempre que a gente usa um artigo científico tem sentido ele está sendo científico porque a gente pode fazer isso que eu chamo de pseudociência que assim eu já sei o que eu quero não importa onde nenhum lugar eu sei que certo eu sei que tem ciclo vital lugar eu vou lá e escolho só artigos científicos relatórios técnicos que confirme que eu já sei eu escolho a dedo o que interessa pra mim isso parece científico que eu vou ficar eu vou lá fazer um discurso na prefeitura ou na assembléia e vou falar senão porque não sei quem disse uma coisa porque tem esse estudo tem aquele estudo e eu vou decorar tudo isso aí ninguém vai conseguir argumentar contra mim porque as outras pessoas não decolaram e as outras pessoas não querem decorar as pessoas querem realmente pensar a cidade de uma forma muito mais complexa e não dessa forma simplista onde você da parte de uma solução e só fica procurando alguns artigos científicos pra a justificar isso daí é difícil até reconheceu o uso da pseudo ciência é difícil vencer também mas ele tem que ficar de olho nisso daí ea outra questão também eles colocam aqui muitas vezes os quase sempre os acadêmicos que estudam as bicicletas também participam desse momento que defendem as bicicletas e isso faz com que eles não tenham muita ou coragem ou até até sensibilidade e até conhecimento mesmo pra fazer crítica o seu próprio movimento então eles começam a também nos seus trabalhos só defender o que está a favor da defesa do movimento e não fazer análises reais mesmo do que pode melhorar por exemplo como estão fazendo que é incluir pessoas de outras etnias ou de outras regiões ou pessoas mais velhas as pessoas mais pobres que não sabe falar direito há de reconhecer quando o autoclismo não praticar para parecer que é o tema representatividade que não têm e fazer reconhecer com a bicicleta é uma boa solução enquanto não é muitas vezes acadêmicos acabam não tendo condições de fazer se não consegue fazer isso ou por medo de perder seus amiguinhos movimento ativista ou porque simplesmente ficam cegos mesmo estão apaixonados né pela aquela aquele movimento que realmente está a ser feito na defesa das bicicletas ficam tão cegos na pela pela pela paixão e pela urgência é porque senão nós temos que salvar as pessoas vão morrer nessa não serem atropeladas ele não consegue nem mais pensar direito não é o trabalho de um acadêmico é pensar então tomar um pouco de cuidado com isso também a quais são as propostas que elas têm pra melhorar esse movimento em defesa das bicicletas que tem que ser feito pelas pessoas que estão fazendo só para melhorar um pouco o outro assim a primeira questão é parte sempre da do local é sempre da terço das pessoas que moram no local os movimentos sociais realmente representativos que existem no local que não necessariamente quer em bicicleta não querem bicicleta entender a política local daquela comunidade parte daquilo ali e não de redes internacionais que já vem com conhecimento prévio de outros lugares e tentam forçar essa solução numa uma comunidade que tem outros problemas têm uma riqueza toda local a outra é não briga tanto o infraestrutura física ciclovias e isso é legal é novas leis é e 5 infraestrutura humana e lutar muito para que os próprios movimentos sejam formados por pessoas do local pessoas que vão realmente usar as bicicletas pessoas que sabem o quanto era quando a polícia é boa quando a polícia não é boa nem alguma situação quando a ciclovia qualidade com a ciclovia na atualidade e conhecem aquele local ali então essas pessoas é que têm que fazer um movimento em defesa das bicicletas é quem participar e não uma coisa no local e uma proposta que é meio minha baseada no que eu li os livros delas é é usar a ciência de verdade né não a pseudociência que escolher só fatos que interessam ou artigos que interessam e é usar a ciência de verdade que significa a ter serenidade para fazer autocrítica e saber também reconhecer quando as bicicletas são contagiosas e quando não são bem essas só para terminar essas duas autoras elas são muito sem queria parabenizar elas são muito corajosos porque elas tiveram coragem de criticar o movimento do qual fazem parte mas isso não é uma crítica vazia nesta elas fazem uma crítica por amor porque elas querem realmente melhorar as técnicas bicicletas usadas por todos e que todos sejam respeitados para elas a única forma de fazer esse direito é mudando esses movimentos como esse são feitos e são pessoas também duas autoras extremamente inteligentes porque elas conseguem a ver esse problema tanto da defesa secretas conta dos movimentos de uma forma bastante complexa como é mesmo essa é uma envolve pessoas envolve infraestrutura envolve muita coisa e não de uma maneira simplista como é vista pela grande maioria das pessoas então parabéns pelas ruas bem e se eu queria falar hoje aqui é o fábio manhã o equilíbrio duas rodas até a próxima

ae

o gogó

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *